
Uma mulher saiu a noite de sua casa.
Ela usava um vestido florido, pés descalços e rosto limpo.
Foi andando por quatro quarteirões não asfaltados,
com um desejo desmedido de chgar até o mar.
Chegando a praia sentou-se na areia,
fitou a escuridão da noite, seu reflexo na água salgada e se leventou a caminho das ondas.
Parou.
Foi freada pelo medo.
O medo da água, o medo da noite, o medo da maré, o medo de nunca mais conseguir voltar para trás.
Aquela enorme vontade de se banhar nas águas azuis estava lá, bloqueada, como um muro em sua frente.
Ao olhar para o lado viu correrem cinco ou quatro crianças, atiraram-se na água, brincaram, riram, molharam umas as outras.
Não havia perigo, e ela estava lá, ainda, estagnada na areia.
Nesse dia ela percebeu que o medo é invenção dos adultos,
Ela usava um vestido florido, pés descalços e rosto limpo.
Foi andando por quatro quarteirões não asfaltados,
com um desejo desmedido de chgar até o mar.
Chegando a praia sentou-se na areia,
fitou a escuridão da noite, seu reflexo na água salgada e se leventou a caminho das ondas.
Parou.
Foi freada pelo medo.
O medo da água, o medo da noite, o medo da maré, o medo de nunca mais conseguir voltar para trás.
Aquela enorme vontade de se banhar nas águas azuis estava lá, bloqueada, como um muro em sua frente.
Ao olhar para o lado viu correrem cinco ou quatro crianças, atiraram-se na água, brincaram, riram, molharam umas as outras.
Não havia perigo, e ela estava lá, ainda, estagnada na areia.
Nesse dia ela percebeu que o medo é invenção dos adultos,
nesse dia ela pediu a si mesma que nunca mais uma invenção a impedisse de se entregar e
nesse mesmo dia passou a viver com a pureza das crianças.
Ainda que alguns adultos debochem dela por isso, não importa.
Eles estão tão distantes com medo na beira da praia,
que suas risadas não chegam até ela, brincando de sereia lá no oceano.
Adultos se baseiam no conceito do conhecido, do planejado... Por controle, por poder, nunca deixam o inesperado, o mágico o virtuoso acontecer e sempre andam sobre suas próprias pegadas e sempre resmungando que nada de novo acontece e que nada muda em suas vidas, sem nunca entender que somente o desconhecido trás o novo.
ResponderExcluir